A endometriose é uma condição na qual o tecido semelhante ao que reveste o interior do útero (endométrio) cresce fora dele. A endometriose Essa doença afeta cerca de 1/6 das mulheres que estão em idade fértil e pode ser responsável por até metade dos casos de dor pélvica nesse mesmo grupo de mulheres. A endometriose intestinal é uma condição na qual o tecido semelhante ao que reveste o interior do útero (endométrio) cresce fora dele, afetando frequentemente o intestino. Por sua vez a endometriose profunda é uma forma avançada de endometriose, onde esse tecido penetra mais de 5mm, crescendo em áreas abaixo da superfície do peritônio, podendo infiltrar órgãos como o intestino, bexiga, ureteres, e músculos pélvicos. A endometriose profunda, especificamente, é estimada em aproximadamente 1% a 2% das mulheres, mas entre aquelas com endometriose, pode atingir de 15% a 20%. Quando se trata da afetação dos órgãos digestivos, até 40% das mulheres com endometriose têm envolvimento intestinal, variando com a gravidade da doença. Os locais mais comuns do envolvimento digestivo incluem o reto e o sigmóide.
Essa forma de endometriose pode causar uma gama de sintomas e tem impacto significativo na qualidade de vida das pacientes. Apesar de ser menos conhecida que a endometriose pélvica, a endometriose intestinal não é rara e requer uma abordagem especializada para seu diagnóstico e tratamento.
Os sintomas da endometriose intestinal podem variar amplamente, mas frequentemente incluem dor abdominal ou pélvica, especialmente durante o período menstrual, alterações nos hábitos intestinais como diarréia ou constipação, sangramento retal durante a menstruação, dor durante a defecação e, em alguns casos, náuseas e fadiga. Estes sintomas podem se assemelhar a outras condições gastrointestinais, o que por vezes dificulta o diagnóstico precoce.
O diagnóstico da endometriose intestinal é complexo e geralmente envolve uma combinação de métodos, incluindo a história clínica detalhada, exame físico, ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética (RM) pélvica e, em alguns casos, colonoscopia.
O tratamento da endometriose intestinal pode variar de acordo com a severidade dos sintomas e a extensão da doença. As abordagens incluem tratamentos medicamentosos, como analgésicos, anti-inflamatórios e terapias hormonais para controlar a dor e reduzir o crescimento do tecido endometrial. Em alguns casos o tratamento cirúrgico é necessário, com a remoção completa de todos os focos de endometriose, inclusive focos intestinais, se presentes.
O coloproctologista desempenha um papel importante no tratamento da endometriose intestinal, especialmente nos casos que requerem intervenção cirúrgica. Assim, seu papel é essencial para a avaliação precisa das lesões endometrióticas no intestino e para a realização de procedimentos cirúrgicos que visam remover o tecido endometrial, restaurar a função intestinal e aliviar os sintomas.
O manejo da endometriose intestinal é multidisciplinar e deve ser personalizado, considerando as necessidades individuais de cada paciente.
Mineiro do interior de Minas Gerais, o Dr.Lucas se mudou para Juiz de Fora no último ano do ensino médio. Ao final dos estudos, foi aprovado no vestibular onde pode concluir a faculdade de medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora em 2013.
Quando se mudou para São Paulo, realizou suas 2 residências médicas, a de Cirurgia Geral e a de Cirurgia do Aparelho Digestivo, ambas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Após o término da residência, o profissional ficou mais um ano como preceptor da residência médica da Cirurgia do Aparelho Digestivo, sendo contratado pelo ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), onde atua desde então.
Embora o acometimento do intestino não tenha necessariamente relação anatômica direta com os órgãos reprodutivos, o tratamento cirúrgico também da endometriose intestinal no mesmo ato cirúrgica tende a aumentar as chances de gestação. Sendo assim é fundamental a remoção de todos os focos de endometriose durante a cirurgia, com uma equipe multidisciplinar composta por ginecologia e coloproctologia quando necessário.
Sim, é possível. A cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia ou a cirurgia robótica, é frequentemente a abordagem preferida para o tratamento da endometriose, incluindo a endometriose intestinal. Essas técnicas permitem ao médico remover lesões endometrióticas com precisão, causando menos trauma ao tecido saudável, reduzindo a dor pós-operatória e o tempo de recuperação em comparação com a cirurgia aberta.
A necessidade de uma ostomia temporária ou permanente depende da extensão da cirurgia e do envolvimento do reto. Em muitos casos, a cirurgia para endometriose intestinal pode ser realizada sem a necessidade de colostomia. Quando é necessária, muitas vezes é temporária, permitindo que o intestino se recupere antes de restaurar o trânsito intestinal normal.
Embora a endometriose seja uma condição benigna, estudos sugerem uma associação entre endometriose e um aumento do risco de certos tipos de câncer, como o câncer de ovário, particularmente o carcinoma endometrióide e o carcinoma de células claras. No entanto, o risco absoluto de uma mulher com endometriose desenvolver câncer é considerado muito baixo. É importante o acompanhamento regular com um especialista para monitoramento e gestão adequados da condição.
Consulta presencial ou por telemedicina
Total ou parcial, mediante análise do seu convênio
Alameda Jaú, 1905, Cj 55
Jardins - São Paulo/SP
Obrigado pela mensagem.
Nossa equipe de atendimento entrará em contato em breve.
Houve um erro.
Por favor, tente novamente.
Responsável Técnico: Dr. Lucas Stolzemburg | CRM-SP 164934
© 2024. Todos os direitos reservados. | Desenvolvido com carinho por Future Marketing Médico