Doenças do Esôfago e Estômago

Cirurgião do aparelho digestivo em são paulo


As doenças do estômago e esôfago abrangem uma variedade de condições que afetam esses órgãos importantes do sistema digestivo, envolvendo desde distúrbios funcionais até inflamações e infecções. Estas condições podem causar sintomas como: 

  • Dor abdominal;
  • Azia;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Dificuldade na deglutição;
  • Náuseas e vômitos. 


É fundamental compreender essas doenças para identificar sinais precoces, buscar tratamento adequado e manter a saúde digestiva em equilíbrio. Este site oferece informações detalhadas e confiáveis sobre as doenças do estômago e esôfago, visando esclarecer dúvidas e promover o autocuidado e a prevenção para uma melhor qualidade de vida.

Principais condições

Dispepsia funcional

Sinais e sintomas

A dispepsia funcional é uma condição caracterizada por desconforto ou dor na região abdominal superior, associada a sintomas como sensação de plenitude após as refeições, saciedade precoce, azia, náuseas e gases. Estes sintomas podem ser recorrentes e persistentes, afetando a qualidade de vida e o bem-estar digestivo do paciente.


Diagnóstico

O diagnóstico da dispepsia funcional é baseado na suspeição clínica diante dos sintomas apresentados além da exclusão de outras condições médicas que possam estar causando os sintomas, como úlceras pépticas, refluxo gastroesofágico, cálculos biliares, entre outras. Para isso é fundamental uma avaliação clínica detalhada com histórico médico completo e exame físico. Exames complementares, como endoscopia digestiva alta (com pesquisa de H. pylori), testes de função hepática, ultrassonografia abdominal, entre outros, podem ser úteis para descartar outras patologias.


Tratamento

O tratamento da dispepsia funcional envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo mudanças no estilo de vida, psicoterapia e uso de medicamentos para alívio dos sintomas. Recomenda-se adotar uma dieta equilibrada, evitar alimentos gordurosos, picantes e cafeinados, realizar refeições em horários regulares, reduzir o consumo de álcool e tabaco, praticar atividade física regularmente e controlar o estresse. Além disso, podem ser prescritos medicamentos como antiácidos, inibidores de bomba de prótons, procinéticos ou antidepressivos em alguns casos, para alívio dos sintomas e controle da dispepsia funcional. É importante seguir as orientações médicas e realizar acompanhamento regular para avaliação da resposta ao tratamento e ajustes necessários.

Gastrite


Sinais e sintomas

Gastrite refere-se à inflamação da mucosa do estômago, uma condição que pode causar desconforto e dor. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor ou ardor na parte superior do abdômen;
  • Náusea;
  • Vômito. 

Alguns pacientes podem experimentar sensação de plenitude no abdômen superior, especialmente após as refeições. A gastrite pode manifestar-se de forma aguda, com início súbito e sintomas intensos, ou de maneira crônica, com sintomas persistentes e recorrentes. Em alguns casos, a condição pode ser assintomática, sendo detectada apenas durante exames realizados por outros motivos. Os principais fatores de risco são o uso de anti-inflamatórios, álcool, tabagismo e infecção por H. pylori. 


Diagnóstico

O diagnóstico da gastrite começa com uma avaliação clínica detalhada, incluindo o histórico médico e exame físico. Alguns exames podem ser solicitados, como a endoscopia digestiva alta que permite visualizar diretamente a mucosa do estômago e identificar áreas de inflamação, úlceras ou outras anormalidades. Durante a endoscopia, podem ser realizadas biópsias para avaliar a presença de infecção por Helicobacter pylori, uma bactéria que está frequentemente associada à gastrite e úlceras pépticas. 


Tratamento

O tratamento da gastrite visa aliviar os sintomas bem como promover a cicatrização da mucosa gástrica. Isso pode incluir a administração de medicamentos para reduzir a acidez gástrica, como os inibidores da bomba de prótons. Se a infecção por Helicobacter pylori for detectada, um esquema de antibióticos será necessário para erradicar a bactéria. Além do tratamento medicamentoso, recomendações dietéticas e modificações no estilo de vida, como a redução do consumo de alimentos irritantes (como álcool e condimentos picantes), parar de fumar e gerenciar o estresse, são fundamentais para o controle da gastrite e prevenção de recorrências.

Doença do Refluxo Gastroesofágico

Sinais e sintomas

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição em que o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago de forma anormal (mais frequentemente e por mais tempo), causando sinais e sintomas. As manifestações mais comuns da DRGE incluem azia, queimação retroesternal (pirose), regurgitação ácida, sensação de aperto ou dor no peito, tosse crônica, rouquidão e sensação de pigarro na garganta.


Diagnóstico

O diagnóstico da DRGE geralmente é baseado nos sintomas relatados pelo paciente e em exames complementares. Entre os exames que podem ser utilizados na avaliação complementar estão a endoscopia digestiva alta (visualizar direta da mucosa do esôfago e do estômago em busca de sinais de inflamação, lesões ou hérnias hiatais), pHmetria de 24h (monitorização do pH do esôfago em 24 horas), manometria esofágica (medição das pressões do esôfago) e radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno.


Tratamento

O tratamento da doença do refluxo gastroesofágico visa aliviar os sintomas e prevenir complicações. Medidas como mudanças no estilo de vida, como evitar refeições pesadas antes de dormir, evitar alimentos irritantes, picantes, gordurosos ou com cafeína, elevar a cabeceira da cama durante o sono, perder peso, parar de fumar e evitar o consumo excessivo de álcool podem ajudar a reduzir os episódios de refluxo. Além disso, o uso de medicamentos também pode ser indicado. Em alguns casos o paciente pode se beneficiar do tratamento cirúrgico: cirurgia anti-refluxo -  fundoplicatura.

Sobre o Médico

Dr. Lucas Stolzemburg


Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia


Mineiro do interior de Minas Gerais, o Dr.Lucas se mudou para Juiz de Fora no último ano do ensino médio. Ao final dos estudos, foi aprovado no vestibular onde pode concluir a faculdade de medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora em 2013. 


Quando se mudou para São Paulo, realizou suas 2 residências médicas, a de Cirurgia Geral e a de Cirurgia do Aparelho Digestivo, ambas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Após o término da residência, o profissional ficou mais um ano como preceptor da residência médica da Cirurgia do Aparelho Digestivo, sendo contratado pelo ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), onde atua desde então.

Saiba mais

Dúvidas Frequentes

Ficou com dúvidas? Veja as respostas para as dúvidas mais frequentes que recebemos em consultório!

  • A intensidade dos sintomas está relacionada com a gravidade do quadro?

    A intensidade dos sintomas de doenças do estômago e esôfago nem sempre reflete a gravidade do quadro clínico. Algumas pessoas podem apresentar sintomas intensos em condições menos graves, enquanto outras podem ter doenças mais sérias com sintomas leves ou mesmo assintomáticos. Portanto, uma avaliação médica detalhada é crucial para determinar a gravidade da condição e o tratamento adequado.

  • Todo mundo que tem hérnia de hiato tem doença do refluxo?

    Não são todas as pessoas com hérnia de hiato que desenvolvem doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). A hérnia de hiato ocorre quando parte do estômago protrai para o tórax, podendo facilitar o refluxo do conteúdo gástrico (ácido) para o esôfago, mas não necessariamente resultando em DRGE. O diagnóstico e monitoramento adequados são importantes para identificar quem realmente tem a doença do refluxo associada à hérnia.

  • Tenho hérnia de hiato, preciso fazer cirurgia?

    A cirurgia para hérnia de hiato não é sempre necessária. A decisão depende da gravidade dos sintomas, do tamanho da hérnia e da presença de complicações como a esofagite severa, úlceras e até mesmo anemia. A maioria dos casos são manejados com alterações no estilo de vida e medicamentos.

  • Os inibidores de bomba de prótons (como o omeprazol) é uma classe de medicamento segura?

    Os inibidores da bomba de prótons (IBPs), como o omeprazol, são geralmente seguros e eficazes no tratamento de condições ácido-relacionadas, como a DRGE. Eles funcionam reduzindo a quantidade de ácido produzido no estômago. Contudo, como qualquer medicamento, podem ter efeitos colaterais e riscos associados, especialmente com uso prolongado. É importante utilizar esses medicamentos sob orientação médica e de acordo com as recomendações para minimizar riscos.