Doenças do Fígado

Cirurgião do aparelho digestivo em são paulo


As doenças hepáticas abrangem uma gama de condições que afetam o fígado, um órgão essencial responsável por funções críticas no corpo, incluindo a filtragem de toxinas, auxílio na digestão e regulação do metabolismo. Essas doenças podem variar desde distúrbios temporários e reversíveis até condições crônicas e progressivas, como hepatite, cirrose, e carcinoma hepatocelular. Fatores de risco incluem o consumo excessivo de álcool, infecções virais, obesidade e exposição a certas substâncias tóxicas. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são fundamentais para prevenir a progressão da doença e preservar a função hepática. A compreensão das manifestações clínicas, juntamente com a aplicação de estratégias terapêuticas eficazes, é essencial para otimizar os resultados dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida.

Principais condições

Tumores benignos do fígado


Sinais e Sintomas

Nódulos hepáticos benignos são massas não cancerosas que se formam no fígado, como os hemangiomas (mais comuns), hiperplasia nodular focal e adenoma. Frequentemente, esses nódulos não provocam sintomas e são descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos. Quando sintomáticos, os nódulos podem causar desconforto abdominal, sensação de plenitude após comer pequenas quantidades de comida, ou dor no quadrante superior direito do abdômen. Contudo, é importante notar que a presença de sintomas não é comum e, quando ocorrem, geralmente são devido ao tamanho ou localização do nódulo.


Diagnóstico

O diagnóstico de nódulos hepáticos benignos envolve o uso de tecnologias de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Estes métodos permitem avaliar o tamanho, a localização e as características dos nódulos, auxiliando na distinção entre formações benignas e potencialmente malignas. Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia para obter uma confirmação definitiva da natureza benigna do nódulo, especialmente se houver alguma dúvida após a avaliação por imagem.


Tratamento

O tratamento de nódulos hepáticos benignos é geralmente conservador. Muitas vezes, não é necessário tratamento direto, mas sim uma vigilância periódica para monitorar qualquer mudança no tamanho ou na característica do nódulo. O tratamento cirúrgico pode ser necessário a depender do tamanho e sintomas relacionados e nos casos em que há risco de malignidade. O acompanhamento médico regular é fundamental, garantindo que qualquer mudança na condição do paciente seja identificada e gerenciada.

Cistos do fígado


Sinais e Sintomas

Cistos hepáticos são bolsas de fluido no fígado que, na maioria dos casos, não causam sintomas e são descobertos acidentalmente durante exames de imagem para outras condições. Geralmente, esses cistos são benignos e não representam um risco significativo para a saúde. No entanto, em casos raros, podem crescer grandes o suficiente para causar desconforto abdominal, distensão ou dor na parte superior direita do abdômen. 


Diagnóstico

O diagnóstico de cistos hepáticos é frequentemente feito através de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que ajudam a identificar a presença, o tamanho e a localização dos cistos. Estes exames são cruciais para diferenciar cistos simples de outras formações císticas mais complexas ou tumores que podem exigir avaliação adicional. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia ou aspiração do cisto para analisar o fluido contido e excluir a possibilidade de condições mais graves.


Tratamento

A maioria dos cistos hepáticos simples não requer tratamento devido à sua natureza benigna, excetuando se causam sintomas significativos ou na presença de complicações. A abordagem pode variar desde a observação e monitoramento regular até intervenções como procedimentos cirúrgicos para ressecção do cisto. A estratégia de tratamento é individualizada, levando em consideração características específicas dos cistos, os sintomas do paciente, o tamanho e o impacto na qualidade de vida.

Esteatose e esteatohepatite 

Sinais e Sintomas

A esteatose hepática, conhecida como fígado gorduroso, é a acumulação de gordura nas células do fígado, enquanto a esteato hepatite é uma condição mais grave onde há inflamação e dano hepático juntamente com a acumulação de gordura. Inicialmente, a esteatose hepática pode não apresentar sintomas, mas conforme progride para esteatohepatite, os indivíduos podem experimentar fadiga, dor no quadrante superior direito do abdômen, e em casos avançados, sinais de cirrose, como icterícia, acúmulo de líquido no abdômen (ascite) e confusão mental. A detecção precoce é vital para prevenir a progressão e as complicações associadas a estas condições.


Diagnóstico

O diagnóstico de esteatose hepática e esteatohepatite envolve a avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. Testes de sangue podem indicar alterações na função hepática, enquanto técnicas de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) ajudam a visualizar o acúmulo de gordura no fígado. Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia hepática para confirmar o diagnóstico de esteato hepatite, determinando a extensão da inflamação e do dano hepático.


Tratamento

O tratamento da esteatose hepática concentra-se em mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios físicos, para reduzir o peso e o acúmulo de gordura no fígado. A gestão de fatores de risco, como diabetes, obesidade e consumo de álcool, também é crucial. No caso da esteatohepatite, além das mudanças no estilo de vida, podem ser necessários medicamentos para controlar a inflamação e prevenir a progressão para cirrose ou câncer hepático. Em situações avançadas, onde ocorre danos significativos ao fígado, opções como transplante hepático podem ser necessárias.

O manejo adequado da esteatose hepática e da esteato hepatite é essencial para preservar a função hepática e prevenir complicações a longo prazo.

Sobre o Médico

Dr. Lucas Stolzemburg


Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia


Mineiro do interior de Minas Gerais, o Dr.Lucas se mudou para Juiz de Fora no último ano do ensino médio. Ao final dos estudos, foi aprovado no vestibular onde pode concluir a faculdade de medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora em 2013. 


Quando se mudou para São Paulo, realizou suas 2 residências médicas, a de Cirurgia Geral e a de Cirurgia do Aparelho Digestivo, ambas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Após o término da residência, o profissional ficou mais um ano como preceptor da residência médica da Cirurgia do Aparelho Digestivo, sendo contratado pelo ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), onde atua desde então.

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